Quantas e quantas vezes já ouvimos falar dos desertos da vida, parece que ninguém escapa deles, de uma forma ou de outra , todos uma vez ou algumas vezes passam por eles; porém nosso consolo é saber que eles não duram para sempre e que novas oportunidades aparecem à cada amanhecer!, e baixas temperaturas
O que encontramos em um deserto real? Sol escaldante e baixas temperaturas, tempestade de areia, vento, pouca água , quase nenhuma para dizer a verdade.
Encontramos silêncio, fome, solidão, nenhuma perspectiva do horizonte e oásis. Vem o medo, a dúvida, temor da morte, abandono, é um labirinto onde não aprece haver saída!
No deserto há desilusão, desistência, desequilíbrio, demora, espera, sede , inquietação, terror, não há luxo nem vaidade, somente a realidade do nada!
E nos desertos da vida, o quê encontramos, como fomos parar lá?
Alguém já disse: " Deserto não é Cemitério, é Escola!"
Porquê fomos parar no deserto da vida? Porquê? Deus é quem nos pões lá, ou fomos nós mesmos que lá nos colocamos por causa de nossas atitudes, posturas, escolhas e suas consequências?
De uma forma ou de outra, passamos por lá e que escola nos torna...
O sol escaldante da aflição, do medo, da dúvida, do questionamento, da insegurança ardem na mente e no coração.
As tempestades de areia e ventos da vida deixam-nos perplexos, instáveis, desabrigados da esperança.
A sede e a fome de respostas nos deixam abatidos pela espera que muitas vezes demora e pelas perdas.
O temor e o silêncio fazem a solidão bater forte o senso de abandono.
Só aquele que já passou por esta Escola pode entender e identificar as sintomáticas.
Augusto Cury escreveu; " Ninguém é digno do oásis se não aprender a atravessar seus desertos!"
Moisés enfrentou o deserto e nele foi forjado seu caráter, sua fé; Jesus venceu o deserto e a tentação para nos ensinar a passar por ele e vencer também com Ele e através dEle!
Realmente só podemos ouvir Deus falar quando calamos nossa mente, nossos questionamentos de valor proprioe com Foco na Fé e nos propósitos divinos nos fortalecemos na caminhada rumo ao Oásis e quando nos damos conta, o deserto ficou para trás!
Já passei por muitos desertos que pareciam intermináveis, mas um dia se foram. Outros tem vindo e ido embora igualmente.
Aprendi e continuo aprendendo sempre alguma nova lição, um novo aprendizado ou um novo reforço em algo ainda não vivenciado plenamente.
Atravessar desertos não é fácil, tempo difícil de se viver e às vezes até mesmo de entender!
Porém nele se estuda e aprende dependência, submissão, humildade, valorização, fé , paciência no aguardo de respostas, soluções, livramentos, novos tempos!
Anatole França escreveu: " O que seriam os desertos da vida, sem as brilhantes miragens dos nossos pensamentos!" Sem dúvida pensamentos esses regidos pela confiança e pela fé em Deus de que seus planos e seus propósitos são perfeitos para nos aperfeiçoar!
Que nossa fé seja renovada para vivermos e sairmos mais firmes dos nossos desertos e entrarmos confiantes nos nossos oásis de esperança em tempos melhores!
" Nem todos os dias são bons, mas há sempre algo de bom em cada dia!"
Eni Devidé